terça-feira, 8 de setembro de 2009

Voltei.....


Ai amigos, voltei...
Estive ausente das produções escritas, concentrada em finalizar projetos. Isso é que dá ser mulher-Bombril e viver ligada nos 340 volts. Acabo pegando uma montanha de coisas para fazer e gerenciar ao mesmo tempo. Pera, o telefone tá tocando.....
Essa coisa de ser mulher moderna cansa. Eu não sei quem foi a estúpida que inventou essa onda feminista. Esse negócio de mulher ter que trabalhar fora e ainda chegar em casa e ter que administrar toda a rotina do santo lar. (O quê? Como você esqueceu de colocar papel higiênico na lista do mercado??? Você sabe quantos minutos eu fico na fila do Hiper toda vez que eu vou lá????)
Gentemmmmm.... Estamos fazendo tudo pela metade, por que é missão impossível fazermos tudo 100%.
Vamos ao túnel do tempo..... Em mil novecentos e bolinha, vovó costurava, lavava, passava, fazia comida, gerenciava a dispensa e cuidava dos filhos (nossos papitos)...Tinha tempo pra bordar, escutava as radionovelas..Se emocionava com a estórias de amor.
O marido podia ser o cão de calçola embaixo do pé de mariola de ruim, mas divórcio, afeeee. Jamais. ( Paradinha... Chefe no telefone... sim , sim , o site tá atualizado...)
Elas tinham tempo pra si... Cuidavam-se pois queriam manter a chama acesa, mesmo que o sexo fosse feito por cima da camisola... (antigamente as camisolas tinham buracos. kkkkkkkkk)
E se o marido tivesse uma amantezinha ou outra, nem ligavam pois fazia parte da cultura.
Eram providas de tudo. O marido trazia o dinheiro pra casa e elas só esquentavam a cabeça e os bobs pra gerenciar a criançada e a empregada, no caso das mais abastadas...( por falar em esquentar, a água do macarrão secou. Esqueci de apagar o fogo enquanto escrevia...)
Aí, tudo mudou.... Queimaram os sutiãs em protesto, botaram as calçolas na cabeça e resolveram que elas, (nós) mulheres, iríamos trabalhar fora. Direitos iguaissssssss. Queremos ter o mesmo poder dos homens... Queremos ter a mesma liberdade.
Salve-salve a camisinha. Salve a pilula.
Salve a licença maternidade. (telefone de novo... a coordenadora do colégio da minha filha... Ai jesus, apaga a luz.. O que será desta vez?? tenho que ir lá...)
Tá bom. Muita coisa foi conquistada.
Mas ao meu ver o que mais foi conquistado foi o trabalho dobrado.
Por que? Porque mudou-se a forma de agir da mulher mas não mudamos a educação de nossos homens.
Homem brasileiro continua sendo criado pra ser macho. Para ser comedor e provedor. Para ser caçador. Não para dividir tarefas domésticas.
Nos deparamos com uma crise de identidades no mundo atual: homens que foram criados para assumir papéis que não existem mais.... Afinal hoje eles são caçados, são comidos e muitas vezes bancados....Eles não sabem mais quem são... Não tem mais a mesma voz e o mesmo poder.
Estão assustados porque as mulheres querem mais. Não se contentam com pouco.
Querem performance, querem atitude, querem divisão de tarefas, querem querem querem...
E os homens? Perdidos.Amedrontados... Reunindo-se em pequenos clãs. Tentando encontrar o elo perdido.
E o que vemos? Qual o cenário? (caramba, já passou das 9, não dá mais pra pagar as contas no home bank. Porra! Fila de novo!)
Um bando de machões perdidos, desencontrados, sem saber se ainda existe lugar ao sol e um bando de feministas estressadas, sobrecarregadas, infelizes querendo cobrar dos seus maridos algo que eles não foram educados a oferecer e por sua vez, elas se cobram em dobro pois não querem cair no papel da vovó. Querem ser modernas, antenadas e bem sucedidas profissionalmente. ( Não filha, Jenipapo é com J.... Goiaba é com G senão fica Joiaba!!!! Conserta esse negócio senão seu cartaz vai ficar horroroso.... Apaga, filha, apaga!)
Confesso... eu acho humanamente impossível ser 100% em tudo...
Ser uma mulher de negócios bem sucedida, ter uma casa gerenciada, filhos perfeitamente educados e emocionalmente equilibrados sendo criados por babás perfeitas, manter-se sexy, linda e em forma e ter um maridão gostosão, também bem sucedido e compreensivo, participativo e romântico é coisa da Globo. Arebaba!!!!!
Tô pensando seriamente em arrumar um emprego de esposa e ser verdadeiramente "do lar".
Alguém se habilita? Estou analisando currículos! risos.
Vou botar o macarrão no fogo.