sábado, 15 de janeiro de 2011

Óia eu aqui!


Sabadãoooo, noite de luaaaaa e euuuuu...... aqui, em casa, tentando me antenar com o que acontece num raio de 50 kms do meu umbigo.
Gentem, eu devo ter nascido com defeito no processador ou no slot de memória porque eu tenho uma dificuldade monstra de me conectar com o que se sucede mundo afora.
Eu não ligo a TV. Não sei o que se passa e até a chegada da minha mãe aqui em casa Totó era nome de cachorro e Clara era parte integrante do ovo.
Mas nãoooo.... São personagens de uma novela que eu só soube que tava acabando porque titia me falou.
Enchentes.. Tá, tava chovendo a cântaros, sapos coaxando no meu quintal e eu já com um tom de pele esverdeado, meio mofadinho. O Silver, meu carro já está de galochas nas rodinhas, mas eu não sabia que o mundo estava transbordando até que a Sis me manda uma mensagem no MSN me informando que uma amiga nossa estava transtornada por que a cidade dela havia sido inundada.
Enchentes, desmoronamentos,  bandas EMOS são eleitas as melhores do ano na MTV, Big Brother volta na versão 11...
Ai gentem, sei não, mas acho que a TV vai continuar desligada ou ligada na Disney Channel....

Um balanço de 2010


Gentem, de vez em sempre é bom parar e olhar o que passou.... Fazer um levantamento dos bons e maus momentos e eu me encontro cada vez mais instrospectiva, tipo, olhando pelo gargalo da garrafa pra ver o que está no fundo.
Não gentem, eu não estou bebendo não.... Não é papo de boteco.É papo ultramegapsicodélico. 
2010 foi como se eu tivesse aberto a minha caixa de Pandora. Descobri nuances e matizes em mim que nem sabia que existiam mas sentia que me faziam falta de algum modo.
Veio o azul celeste, foi-se um branco em excesso...
Um momento lagosta, quando ela cresce demais e tem que abandonar a velha casca para continuar crescendo.Ah,  não tô falando da minha calça jeans que já deixou de servir faz tempo. Falo da alma mesmo.
Este foi um ano de descobertas. Me descobri artista. Pra quem não sabia fazer um O com copo, foi um grande avanço pegar em um pincel e fazer caixas customizadas.....
O vermelho deixou de ser ira para expandir em amor.
Me redescobri mãe mais apaixonada ainda pela cria rebelde.
A serenidade chegou sem abafar a vontade e o desejo de viver.
A ansiedade foi trocada pela paz interior e as baladas por meditações, que me mostraram o poder do despertar da Kundalini.
O whisky e a cerveja, bem, o que era de vez em sempre transformou-se em Lambrusco em dias especiais.
Há quem diga que eu pirei e eu rebato: Nunca estive tão lúcida. Verdadeiramente uma ovelha branca!

Namastê, ovelha mestra, que me guiou por estes caminhos ora dantes não navegados!!!!!!!!!

Será pra amar tem que sofrer???



Eu tenho analisado algumas situações cotidianas e cheguei a conclusão que o medo de amar é o mais paralisante de todos os medos.

As relações hoje são de plástico. As caras, as bochechas e os seios também em sua maioria.
O normal, o natural , o sem apliques e extensões, o simples e óbvio estão sem espaço.
Os homens estão acostumados  a mulheres que dizem não, querendo dizer sim. Que fingem de santas. Que tem aquele olhar comprido e meigo dizendo: ó meu amado, me proteja...Estão acostumados a ter as rédeas da relação nas mãos e a determinar o ritmo, intensidade e frequência dos encontros por que isso os deixa em uma posição menos vulnerável, de controle.

Por que existe esta necessidade absurda  de controlar o ritmo, de controlar o que se sente, de controlar o que se fala???? Por que simplesmente não deixar acontecer?

Está todo mundo tão confuso que encontrar alguém que esteja com o coração limpo e disposto a viver uma verdadeira relação a dois virou utopia.
Quando econtramos alguém cujo o olhar brilhe quando te vê, cujo o coração bata mais forte quando te ouve, nos encolhemos no canto morrendo de medo, tipo, não pode ser....Essa criatura dando mole assim, não tem ninguém para encher ou cobrar, está sozinha de verdade, é madura, independente e quer apenas namorar, ahhhh deve estar bichada!!!!! Quando a esmola é grande o santo desconfia...
E ai deixam passar um romance que poderia ser limpo,verdadeiro, sem as famosas dificuldades.
Isso me entristece.
Converso com pessoas que buscam um grande amor mas estão tão cegas dentro de seus comportamentos arraigados que são incapazes de enxergar uma real possibilidade. Preferem julgar, encontrar defeitos que não existem por uma única razão: tá simples demais.Tranquilo demais.

Mas é isso... Como já ouvi por aí: amar é fácil, complicado é o romance!