quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

A música... Ahhh, a música....

Depois de tanto tempo desconectada do blog, em meio a tantas mudanças, me encontrei em um momento da  mais pura inspiração, trazida por uma trilha sonora no mínimo inusitada, escolhida pela minha filha de 11 anos que começou agora a ter noção do que é música de verdade.
Enquanto ela estava ali testando os sons das bandas, assistindo aos videoclips eu viajei tremendamente a tempos remotos e a tempos recentes...
A música tem esse poder... Transporta-nos através das eras, dos tempos a momentos memoráveis com pessoas inesquecíveis. Se chorei ou se sorri......Ahaha.Aha. A-ha.
 Quantas noites insones ao som de A-ha escrevendo na agenda, ali quietinha no meu quarto, revelando segredos dos primeiros beijos em códigos do K para que só as amigas pudessem ler e não adiantava nada porque o meu irmão querido além de ler o meu diário assinava pra mostrar que tinha lido. Risos...
U2... I still haven't found what I am looking for.. Mentira Bono Vox, eu já achei. Já não posso mais cantar esta.
Mas consigo me lembrar de um arrepio intenso que percorreu a espinha quando alguém cantou Until the end of the world pra mim e eu acreditei...Não passou da Bahia, mas tudo bem, as músicas também só duram alguns minutos.Que seja eterno enquanto dure, já dizia o poeta...E assim é a vida.
E vamos passeando por Keane, que me lembra de depressões pós Minas, meu amigo Marcus dando apoio moral ao telefone e vontade de pegar o primeiro avião e voltarrrrrrrrrrrrrrrrrrrr.... Mas Keane também me traz uma memória deliciosa.. Uma aula com alunos queridissimos, dançando em Perfect Symmetry. Lindo de ver e ouvir.
Amy Whiskyhouse me lembra de um certo amigo Ksaca, com uma certa ressaca mas também me traz  um strip tease turbinado a la Red Label em uma certa salinha indiana....Entramos no clima da moça....E sempre completamos a fantasia com You know that I'm no Good.
E quando escutava o "gatinha, você gosta mais, e Red label, ou Ice"..... É a dupla dinâmica  Del e Bel na cabeça com o copo na mão chamando pro momento EPA.
Momentos de total liberdade na praia, as 5 da manhã, com churrasquinho na George Foreman, já sem aguentar nem mais uma cerveja, cantando Open your Arms and welcomeeeeee!!! A manhã já vai chegando..Welcome!!!!!!Se deixássemos Levinia iria chegar junto e não ia mais embora....
Voltando no túnel do tempo, me deparei com Depeche Mode, Simple Minds e R.E.M e enquanto apresentava as bandas à minha filha na maior empolgação de mãe mostrando à pimpolha obras primas, escutei um sonoro: Essa é do tempo do bufa...... É pra rir é lógico...Eu sou do tempo do bufaaaaaaa! kkkkkkkkkkkkkkkkkk
Um certo Placebo que não é remédio mas tem um efeito interessante na minha alma me traz Twenty Years e a Song to say goodbye... Esse é o bi mais hetero que eu já vi... Eita homem charmoso esse vocalista.
E fechando a noite porque já 1 da manhã e minha filha precisa ir dormir, mostro a ela a dancinha frenética do Beck e ela cai na risada... Seriam os primeiros passos do rebolation????
Sabe-se Deus...
E hoje? Quem marca o meu momento de descobertas e absoluta realização de sonhos?
A minha viagem vai através da Isabella Tavianne e sua Luxúria que me incendeia sem querer "Atirar a primeira pedra" em ninguém  com a querida Marisa Monte e chega até ERA, onde não entendo bulhufas do que eles cantam mas me inspiro nas artes culinárias...
Quem viajou com Enigma, sonhou com Enya, chorou com A-ha. dançou com Pet Shop Boys e viu a boquinha de chupa toda do vocalista do Alphaville cantando Big in Japan , tentou imitar a Madonna, requebrou ao som do Queen, e se emocionou ao som do U2 em Sunday Bloody Sunday sabe do que eu estou falando....
Clap your hands and say YEAH!

3 comentários:

  1. Isso é que é música! Não se trata de saudosismo mas nessa época a que você se refere havia poesia, e quando não havia poesia havia melodia. Gostosas melodias que até hoje me arrepiam. A voz do vocalista do A-Ha é simplesmente de arrepiar. Eram momentos de sonhos. Intimamente pensávamos em nossos almejos. Pensávamos na mulher que idealizávamos, na profissão a seguir, no sucesso. Pensávamos também na forma "rebelde sem causa" de ser. Viver intensamente sem se preocupar com os formalismos sociais. Aliás, formalismos sociais era o que tentávamos evitar a qualquer custo. Queríamos ser diferentes e ao mesmo tempo iguais. Paradoxal, não?!?!?
    Tudo isso terminou com a valorização do instrumento em detrimento da voz. Foi a época do instrumental tecno. Esse equilíbrio entre instrumentos e voz foi deixado de lado. O negócio passou a ser tóin tóin tintin tintin tchutchu dling dling.
    Trazendo a coisa para o Brasil, o início do fim se deu quando o axé music, na fase É o Tchan, e os pagodeiros românticos entraram. Eu particularmente amava aquele axé antigo cantado por Luis Caldas (era algo dançante, gostoso, Margareth Menezes, Olodum (na época do Pierre Onassis). Ai chegou o É o Tchan... e desde então nada mais presta. Por fim essa desgraça de forró de duplo sentido na maioria das vezes com componente erótico.
    Agora vem uma dúvida... Será que o jovem de hoje senta e reflete ao som da boa música???
    É, talvez eu esteja ficando velho.
    Vou botar um brinco.
    Beijos fortes e saudosos.

    PS: Sua escrita está cada dia melhor. Você é uma artista em todos os sentidos. Sua prosa é digna dos melhores. Se você se dedicar intensamente creio que logo logo teremos um livro gostoso de ler.

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  2. Nossa!
    Que maravilha!
    Apesar de eu não ter saboreado uma boa parte dessa época, ainda sim gosto de ouvir alguns desses fabulosos artistas...
    É sempre bom que se resgate essas memórias dançantes, melodiosas, poéticas, revolucionárias, enfim... Tempos maravilhosos, que cada vez mais ficam esmaecidos com a invasão das aberrações musicais de hoje em dia.
    Mais uma vez saúdo à Kika pelo brilhantismo regado a um senso de humor inconfundível em suas reflexões.
    Um grande beijo!

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  3. somos premiados com um texto dessa qualidade porém privado de só poder apreciar de mês em mês.
    Amiga, seus textos estão como os deliciosos jantares que fazemos uma vez de dois em dois meses. Gostaria de apreciar mais esse acepipe

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